14.4.08

Dividir pra Conquistar

Tudo bem que não existe partido que não lance nomes para tentar colar algum aventureiro em um pleito que se aproxima. Mas quando todos eles dão sinais que podem estar falando sério, algo deve estar errado.

Por exemplo, é público desde a eleição de 2006 que o pleito novamente teria Dagomar como candidato do Governo Municipal.
Dagomar fez questão de deixar claro isso antes mesmo de entrar na assembléia. Quando do ato no segundo turno estadual em que o PDT, que declarou apoio a LHS, o então candidato derrotado ao Governo Estadual, Manoel dias, que quase fez 1% dos votos, disse que Dagomar não iria ficar 2 anos na assembléia, pois substituiria Ciro Roza no comando da prefeitura de Brusque


Para não serem engolidos pela liderança do chefe, o DEM local tentou pleitear uma candidatura própria, no nome do Vereador Ivan Martins. Que logo quando houve a definição "oficial" da captulação do prefeito na aventura em Balneário, já também jogou a toalha.

Agora, pra bom leitor, esses são recados claros de que A MÁQUINA GOVERNISTA IRIA, SIM, TRABALHAR PARA UM CANDIDATO ÚNICO

Porém, parte da oposição (entendida aqui como aqueles que não participaram diretamente dos 8 anos de Ciro Roza) começa a dar a entender que vai entregar pro Dagomar a eleição sem qualquer pudor.

Em Brusque, não há segundo turno. Ou seja, um candidato da majoritária para ser eleito, precisa apenas da maioria simples.

Em uma eleição polarizada, com um candidato governista e um oposicionista, se forma um plebiscito em forma de eleição.

O governo usa todo seu prestígio e a oposição tenta desconstruir o governo, as forças políticas se moldam ao redor desses grupos , o jogo corre e o eleitor decide.

Uma eleição é desbalanceada quando um dos lados, como no caso de Brusque, se divide, enquanto o outro se aglutina em torno de um único nome.

Aqui, configura-se a mais perfeita amostra desse fenômeno.

A oposição, lançou até agora uma meia dúzia de candidatos. Podemos levar a sério 3 nomes.
o Dr. Oswaldo Quirino, do PMDB. Serafim Venzon, do PSDB e Paulo Eccel do PT.

O primeiro foi matéria de um POST aqui, O SONO DO PMDB...

Fora as dificuldades naturais de se enredar em um mesmo grupo PT, PSDB e PMDB. É óbvio que todos esses partidos sabem que sairem desunidos significa derrota em outubro (salvo algum movimento catastrófico do governo, coisa que, convenhamos, nenhum partido deve ficar esperando se quiser se salvar).

Então, as conversas entre esses partidos tem que levar a um nome em comum para o bom andar do jogo. Mas, nas últimas semanas, parece que até os pequenos, como o link principal desse post, resolveram tentar a aventura.

Digamos assim...
O candidato do prefeito é o Dagomar... Fato.
O prefeito é um dos aliados mais ferrenhos do governador. Fato.

PMDB, de Quirino, é o partido do Governador...
PSDB, de Venzon, do vice governador...

Se eu fosse o LHS e tivesse o desejo de manter o grupo do meu aliado Ciro Roza no poder, estimularia mais candidaturas na cidade, principalmente no campo opositor. Para que meu candidato precise de menos votos para se eleger.

em uma eleição com 2 candidatos, eu preciso de 50% dos votos, mais um.
Em uma eleição com 10 candidatos, eu posso me eleger, teoricamente, com 10% dos votos mais um.

Se o grupo opositor lançar os seus candidatos, como deve ser bom para LHS e para Dagomar... a tarefa de qualquer um desses candidatos fica praticamente um ato de heroísmo.

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