22.8.09

Um Cordel Para a Apatia


fonte: Página da Prefeitura Municipal

Quando iniciei esse Blog a 2 anos atrás, sintetizei a intenção desse espaço com a frase "Um Cordel para a Apatia desses dias!". frase que demonstrava uma visão política e ao mesmo tempo firmava a intençao de ser também um espaço para poesia e as canções da vida.

Talvez nossa cidade viva um momento diferente hoje, no qual começamos a navegar na participação e cidadania no meio do mar de conformismo que a cidade aparentou nos últimos 8 anos.

Em prol disso, o "Fala, Cidadão", que acontece todas as sexta feiras no Gabinete do Prefeito e no Samae. As diversas conferências já realizadas nesse ano. Educação, Inclusão Digital, Juventude, Turismo, Esporte, Crianças e Adolescentes, Drogas, Trânsito, Esportes. O resgate dos conselhos municipais enquanto espaço democrático. O Orçamento participativo e o Movimento contra a corrupção.

A análise que faço aqui é em torno das diferenças de públicos em diferentes eventos ou datas.

Por exemplo. O Orçamento Participativo (OP daqui em diante) esta sendo um grande diferencial em materia de público na cidade de Brusque. Não digo isso por qualquer vaidade. Basta uma pesquisa na imprensa local e acompanhar as fotos dos eventos que você confirmará o que eu estou dizendo.

O OP ainda trouxe uma outro barquinho de participação. Que está sendo a conquista da importância do espaço dos movimentos comunitários. Nunca na história de Brusque as associações de moradores foram tão valorizadas e atuantes como agora nos dias de OP.

O sucesso do OP está na pespectiva certa de retorno que lhe é peculiar. As comunidade deixam de ser reféns dos "representantes" para tornarem-se soberanas da decisão do poder público.

Quando o cidadão está indo para o OP. Ele o faz pq sabe que há um retorno. Existe algo concreto que faz com que o cidadão saia um dia a noite para uma reunião.

O BUCC (Brusque Unida Contra a Corrupção) logrou seus maiores êxitos justamente quando havia isso. Um Fato, um marco, uma coisa concreta para se lutar. Foi assim na semana posterior a divulgação na imprensa das escutas envolvendo os vereadores Ademir Brás de Souza e Prudêncio Neto. Foi assim após as primeiras vaias e palmas que demonstraram o quão a Câmara é arcaiaca e despreparada para o embate. Foi assim quando o vereador que estava preso voltou para casa legislativa da cidade.

Fatos concretos geraram movimentos concretos da sociedade.

Quando o movimento inventou a tal passeata no dia 8 de agosto. Em que a câmara não havia sequer voltado do recesso. O movimento tentou gritar na hora errada. Não encontrou eco na sociedade.

Aonde quero chegar com isso?

Que ainda vejo em Brusque uma grande apatia. um grande conformismo. As comunidade continua cúmplice no silêncio dos desmandos de dias passados. Ao mesmo tempo que o Governo e a sociedade vão aprendendo que a participação deve ser estimulada pela realidade material, além do discurso ideológico ou ativista.

Pois o sucesso da participação em boa parte dessas ações que citei está no fato de se ver uma solução a curto ou médio prazo para as demandas coletivas. A cidade continua perigosamente desinteressada dos grandes debates. Mas anda entusiasmada com a possibilidade de visitar o Prefeito na sexta feira para cobrar soluções imediatas. A cidade continua cúmplice no silêncio com suas "pseudo autoridades" envolvidas em escândalos, mas observa os paineis das contas públicas com interesse e busca no OP seu poder de decisão...

apenas algumas reflexões.

abraços

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