8.10.08

O início do pleito - A composição das chapas. O ERRO DE LHS.

Era ainda abril quando o Paulo me ligou para me mostrar uma pesquisa eleitoral que mostrava um quadro muito estranho.
Naquela época, haviam conversas entre 8 partidos para formar o que se chamava de "frentão". Nessa mesma época, várias candidaturas estavam sendo lançadas.

Eram pré candidatos, Paulo Eccel, Serafim Venzon, Dagomar, Danilo Rezini, Fabrício Gevaerd, Ingo Fisher, e Dr. Oswaldo.

Escrevi o seguinte no post "Dividir para conquistar"

Se eu fosse o LHS e tivesse o desejo de manter o grupo do meu aliado Ciro Roza no poder, estimularia mais candidaturas na cidade, principalmente no campo opositor. Para que meu candidato precise de menos votos para se eleger.

em uma eleição com 2 candidatos, eu preciso de 50% dos votos, mais um.
Em uma eleição com 10 candidatos, eu posso me eleger, teoricamente, com 10% dos votos mais um.

Se o grupo opositor lançar os seus candidatos, como deve ser bom para LHS e para Dagomar... a tarefa de qualquer um desses candidatos fica praticamente um ato de heroísmo.


Enquanto Dagomar parecia perto de 30% dos votos, Serafim chegava a 20%, naquela pesquisa, Paulo superava por muito pouco o Dr. Oswaldo. Os outros candidatos apenas Figuravam, com uma densidade eleitoral muito pequena para valer a pena.

A pesquisa, alias, foi comemorada no famoso Dominó do Boca Cunha, conforme o post "O Papel da Imprensa em brusque"

Me chamou o paulo, pois achamos muito estranho alguns números na pesquisa. Achamos que algum erro amostral teria se verificado. De fato, na pesquisa posterior, encomendada pelo "frentão" ou G8 (grupo de 8 partidos formado pelos grandes PT, PMDB, PSDB e PP, junto aos médios PSB, PPS, e pequenos PSOL e PRP) mostrou outro quadro...

Dagomar continuaria liderando com seus 30%, mas paulo e venzon empatariam com seus 20% cada. Verificava-se que a candidatura ideal da oposição seria entre Paulo e/ou Venzon.

Oswaldo, naquele momento, surpreendia positivamente com seus 10%. Mas ainda mostrava-se inviável. O Grupo então fechou questão que deveria haver uma conversa entre Paulo e Venzon. Para que a definição da chapa saísse.

Essa conversa ouve.


O que aconteceu depois?
O PMDB anunciou sua candidatura própria imediatamente. E ainda acusou o PT de "teimosia" em outras oportunidades. Pois insistiriam com o nome de Paulo Eccel.
Talvez com o intuito de formar uma chapa forte, o PSDB, o PPS e o PRP foram todos para coligação de situação.
PT, PP coligaram, com o apoio branco do PSB e do PSOL.

Estava formado o pleito.

E o erro de LHS.

Todos os partidos que se prezem, fazem pesquisas antes do pleito municipal. e entre outros levantamentos, perguntam ao eleitor como ele avalia as administrações atuais. Municipal, estadual e Federal. Depois, ainda por cima, cruzam esses dados com os dados de intenção de voto Estimulada (que é o dado que mais reflete o resultado final).

Em nenhum momento do último pleito, a avaliação da prefeitura municipal e do governo Ciro Roza ultrapassou 30 e poucos porcento.

A única explicação para LHS decidir em reunião lançar a candidatura de Dr. Osvaldo, sendo que, já havia por diversas vezes declarado APOIO AO DAGOMAR, era a intenção de "Dividir para conquistar".

Qual foi o erro então de LHS?
Dividiu pouco! Deixou toda a oposição ao governo estadual unida em uma candidatura, lançou um candidato sem expressão e levou as grandes lideranças para o lado caquético da situação. Se Venzon fosse candidato, não me restam dúvidas, que a eleição era favorável a situação. Se Venzon apoiasse o PMDB aqui, não me restam dúvidas que a candidatura do PMDB não ficaria com os inglórios 7% que obteve.

Era óbvio desde o início que esse resultado seria uma vitória da oposição. E que o voto útil, como ocorreu, seria a tônica. Quirino tinha cerca de 15% na penúltima semana de campanha. E perdeu metade de seus votos, a maior parte, para Paulo Eccel.

É o voto por avaliação de desempenho. a tese do professor Yan de Souza Carreirão, e de outros tantos cientistas políticos.

Um Governo com 30% apenas de aprovação, Dificilmente faz sucessor. Faltou ousadia a engenharia política de LHS. O Grande perdedor na eleição Brusquense.

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VITÓRIA!

Olá pessoal!


Estou de volta a este espaço democrático e participativo! No qual vocês sempre tem a ultima-palavra!

Quero iniciar nesse momento, conforme o tempo e a vontade forem aparecendo, um grande "remake" dessa eleição. Vamos lembrar juntos os fatos que marcaram essa campanha e analisar os 90 dias que antecederam a vitória histórica do PT e do PP em 5 de Outubro.

Quem está entrando aqui pela primeira vez, além de nossas boas vindas, de uma olhada nos posts anteriores a junho. Esse blog sempre teve por missão dar uma boa olhada na imprensa brusquense e tentar entender o jogo político que acontece no meio dessas pautas.

E comentem bastante! Se tem um combustível pra blogueiro é comentário!

abração!

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