16.9.09

Não houve reforma política

Como sempre, o Congresso finge que discute a Reforma Política, aprova uma lista de frivolidades e ainda comemora.

Falam da "liberação da internet"... Mas qdo foi que ela esteve realmente proibida? qdo foi q não teve campanha na internet?

Não houve qualquer mudança significativa e penso que o Congresso é uma instituição feita somente para isso, não fazer qualquer mudança significativa. Manter o Status Quo.

Sonho com o dia em que teremos Financiamento Público, Lista Fechadas, normatização da democracia interna partidária, proibição das coligações nas eleições proporcionais e o fim da estrutura falida e arcaica do Senado.


um abraço

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22.8.09

Um Cordel Para a Apatia


fonte: Página da Prefeitura Municipal

Quando iniciei esse Blog a 2 anos atrás, sintetizei a intenção desse espaço com a frase "Um Cordel para a Apatia desses dias!". frase que demonstrava uma visão política e ao mesmo tempo firmava a intençao de ser também um espaço para poesia e as canções da vida.

Talvez nossa cidade viva um momento diferente hoje, no qual começamos a navegar na participação e cidadania no meio do mar de conformismo que a cidade aparentou nos últimos 8 anos.

Em prol disso, o "Fala, Cidadão", que acontece todas as sexta feiras no Gabinete do Prefeito e no Samae. As diversas conferências já realizadas nesse ano. Educação, Inclusão Digital, Juventude, Turismo, Esporte, Crianças e Adolescentes, Drogas, Trânsito, Esportes. O resgate dos conselhos municipais enquanto espaço democrático. O Orçamento participativo e o Movimento contra a corrupção.

A análise que faço aqui é em torno das diferenças de públicos em diferentes eventos ou datas.

Por exemplo. O Orçamento Participativo (OP daqui em diante) esta sendo um grande diferencial em materia de público na cidade de Brusque. Não digo isso por qualquer vaidade. Basta uma pesquisa na imprensa local e acompanhar as fotos dos eventos que você confirmará o que eu estou dizendo.

O OP ainda trouxe uma outro barquinho de participação. Que está sendo a conquista da importância do espaço dos movimentos comunitários. Nunca na história de Brusque as associações de moradores foram tão valorizadas e atuantes como agora nos dias de OP.

O sucesso do OP está na pespectiva certa de retorno que lhe é peculiar. As comunidade deixam de ser reféns dos "representantes" para tornarem-se soberanas da decisão do poder público.

Quando o cidadão está indo para o OP. Ele o faz pq sabe que há um retorno. Existe algo concreto que faz com que o cidadão saia um dia a noite para uma reunião.

O BUCC (Brusque Unida Contra a Corrupção) logrou seus maiores êxitos justamente quando havia isso. Um Fato, um marco, uma coisa concreta para se lutar. Foi assim na semana posterior a divulgação na imprensa das escutas envolvendo os vereadores Ademir Brás de Souza e Prudêncio Neto. Foi assim após as primeiras vaias e palmas que demonstraram o quão a Câmara é arcaiaca e despreparada para o embate. Foi assim quando o vereador que estava preso voltou para casa legislativa da cidade.

Fatos concretos geraram movimentos concretos da sociedade.

Quando o movimento inventou a tal passeata no dia 8 de agosto. Em que a câmara não havia sequer voltado do recesso. O movimento tentou gritar na hora errada. Não encontrou eco na sociedade.

Aonde quero chegar com isso?

Que ainda vejo em Brusque uma grande apatia. um grande conformismo. As comunidade continua cúmplice no silêncio dos desmandos de dias passados. Ao mesmo tempo que o Governo e a sociedade vão aprendendo que a participação deve ser estimulada pela realidade material, além do discurso ideológico ou ativista.

Pois o sucesso da participação em boa parte dessas ações que citei está no fato de se ver uma solução a curto ou médio prazo para as demandas coletivas. A cidade continua perigosamente desinteressada dos grandes debates. Mas anda entusiasmada com a possibilidade de visitar o Prefeito na sexta feira para cobrar soluções imediatas. A cidade continua cúmplice no silêncio com suas "pseudo autoridades" envolvidas em escândalos, mas observa os paineis das contas públicas com interesse e busca no OP seu poder de decisão...

apenas algumas reflexões.

abraços

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21.5.09

Lições Valiosas para Eleitores e Candidatos

Confesse.
Você já votou sem pensar.

Alguma vez nessa sua carreira política de Eleitor, você já votou "pra ajudar esse coitado que não vai ganhar mesmo".

você já deve ter votado no fulano ou fulana menos politizado do mundo e ainda deu de desculpa as máximas (ou mínimas):

"Porque ele é meu amigo"
"Porque eu conheço o pai dela"
"Porque ele é do meu Bairro"
"Porque ela trabalha comigo"
"Ele tratou da minha vó"
"Comprei um carro dele"
"Porque ele é casado com a minha prima".
"Ele foi o primeiro a vir aqui em casa"
"Eu devo um favor pra ele"
"Ele vai me ajudar nuns negócios ai"

Essas frases todas você ouve quando é candidato a vereador aqui em Brusque.

O Ato de você chegar a um desconhecido, bater a sua porta, se apresentar, falar sobre suas ideias e pedir um voto é algo completamente inusitado.

Se você tem o mínimo de comprometimento ético e de esperança na capacidade do outro, você não vai achar que a sua simples visita possa te dar um voto (mas pode).

Você não espera que o simples fato de apresentar-se com um sorriso e pedir um voto lhe proporcionará isso (mas acredite, as vezes proporciona)

Você quer que as pessoas vejam o que você pensa, se posicionem em frente a isso, lhe digam não, mas com argumentos. Lhe digam SIM, mas com reforços. Mesmo que seja um amigo, um parente, um colega de trabalho, um paciente.

Porque senão, de que vale ir a rua, bater de porta em porta e pedir um voto?

Voto de que, Cara Pálida?

De Amizade?

De reconhecimento profissional?

De quitação de dívida?

Não é nada disso!!

Como vou te representar se você me aceita sem me questionar?

Como você espera qualquer coisa de um representante se você não lhe abre a tua vontade?


Muitas vezes eu tive a impressão de que assustava quando subia numa rua como as transversais da Beco Medeiros e falava sobre meus projetos e sonhos se vereador fosse.

Instigava pessoas que até então não conhecia (e outros tantos conhecidos também) a discutir um pouco comigo. - Quero fazer isso, o que você acha?

Muitas vezes era a resposta mais surpreendente do mundo. Uma eleição é um exercício de quebra de paradigmas também. Aqueles que tem o salto alto de achar que somente eles mesmo sabem de tudo, bate em uma porta e lhes vêem uma senhorinha simples, com a sala cheirando a pão e café, lhe dar uma aula sobre o que se precisa numa cidade.


Isso daí vale cada segundo do seu tempo investido. Cada gota do teu suor das caminhadas! Podes ter certeza.

Por isso, se você tem o mínimo de comprometimento ético e de esperança na capacidade do outro. Seja candidato um dia.

E se você sabe que seu voto é uma ferramenta de transformação da realidade. Não dê ele para ninguém que não consiga parar e conversar com você sobre os mais diversos temas de uma eleição, sem cair e discursismo fajuto e esnobar da tua inteligência.

E principalmente, se essa pessoa for um amigo, um colega, um parente, alguém que lhe ajudou.
Pois nada mais sábio que você lapidar um amigo, um colega, um parente ou um benfeitor em alguém melhor. Com um Sim que Reforça, Ou com um Não que Argumente.



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19.5.09

Políticos, Quanto Mais, Melhor.

Não existe cidadão no Brasil mais contra o discurso de "Quanto menos políticos, melhor" do que Eu.

Eu penso na lógica totalmente inversa disso. E antes que alguem venha a me crucificar, vou explicar isso.

Sou um crente da Democracia. Participativa, Direta e cada vez mais Digital. Sou um entusiasta disso.

E quando falamos em Democracia, que se deixe claro, nosso País e praticamente o mundo inteiro está fundado na retórica de que o poder emana do povo e é exercido por ele direta e indiretamente.

A representação Parlamentar nada mais é do que a maneira que se encontrou, anos atrás, para juntar todos os cidadãos de um Estado em um único Fórum de discussão. Com poder soberano para legislar sobre o rumo desse Estado.

Como juntar 100 mil Brusquenses em uma câmara que para decidir o futuro de nossa cidade?
A física não permite essa cogitação.

Por isso a representação.


Porém, toda forma de democracia representativa é qualquer coisa menos democracia de verdade, como diriam meus amigos "anarquistas". Pois soberania não se divide, não se repassa, não se representa.

Para Piorar, O que garante que o teu representante te representa? Absolutamente nada. Cada deputado, vereador e senador que você elege tem uma liberdade que é uma afronta ao bom senso. Você passa uma carta de representação para o cara e ele pode fazer o q bem entende com ela durante 4 anos. Sem prestar contas a você e a nínguem. Sobre como votou ou deixou de votar. Você assina um cheque em branco. Não há absolutamente nada o que fazer.

Então, quando você ouvir alguem falando em "vamos diminuir pela metade o número de vereadores, deputados estaduais e federais.", não bata palmas tão fácil.
Pera lá, você deve dizer. Se já é difícil para 1 pessoa ser representada por um vereador. Complica muito 10 pessoas representarem 100 mil. ou 513 pessoas representarem 180 milhões.

Vamos com calma.

Se formos discutir o "Custo" disso para o País. Eu vou concordar com tudo o que você falar. realmente, verbas de gabinete, de terno, de moradia, de assessoria, de subvenção, cota de passagens, cota de selos, restaurante. Tudo isso junto, é um caldo grosso de poca vergonha.

mas não adianta jogar a criança fora junto com a água da banheira.

As distorções em valores de dinheiro são causa dos problemas com o número de Deputados e vereadores? Ou são frutos dela?

Veja aqui em Brusque.
Tinhamos 14 vereadores até dia 31 de Dezembro de 2004. Uma câmara praticamente dividida entre oposição e situação (pelo menos, matematicamente).
Houve a redução do número de vereadores para 10 a partir de 2005. Acabamos elegendo uma câmara "chapa branca" e todo mundo é ciente do que aconteceu com a cidade.

Já falei disso no POST Clima de Tristeza, no dia 01/04/2008. Por conta das Cláusulas de Barreira, da diminuição do número de vereadores e da péssima escolha dos eleitores, Brusque passou 4 anos sem oposição na câmara. Sem vereador fiscalizando o executivo. Sem contraponto algum. As reuniões, isso todos concordam. Chegavam ao ponto de serem tediosas. Foi um Desastre para cidade.

Se naquela eleição de 2004, ainda existissem as 14 vagas. É provável q seriam eleitos 3 vereadores de oposição. Como teria sido diferente a história da nossa cidade não é mesmo?

Entre outras coisas. Aquela câmara aumentou seu próprio salário, dos secretários, do Prefeito, do Vice e aceitou pacificamente a todos os rumos traçados pelo "mestre" Ciro Roza.
terminou o ano, aprovando o vergonhoso projeto da assessoria da casa. Alias, aceitou aquela casa esquisitona para ser sua sede.

Meu Deus. Que desastre.

Que isso sirva de lição histórica para a sociedade Brusquense do que acontece quando se acumula poder demais nas mãos de poucas personas.

A lógica no paço hoje é a da Democracia e da Participação.

Na câmara. Graças ao esforço Isolado do Líder do Governo. Hoje há debate sobre o que realmente está sendo discutido na sociedade. Para desespero dos vereadores que querem dar ponto final no meio da frase.



(tudo que foi dito aqui nesse post, não serve para o SENADO. O Senado é um Absurdo não só deveria ser banido como nunca devia ter sido sequer criado, mas isso é tema para outro dia.)

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16.5.09

Não precisamos de Políticos mais Sensíveis. Precisamos de DEMOCRACIA.

Resultados 1 - 10 de aproximadamente 27.500 para "descaso das autoridades" (0,22 segundos)
Resultados
1 - 10 de aproximadamente 2.000 para "descaso dos políticos" (0,18 segundos) Resultados 1 - 10 de aproximadamente 5.610 para "descaso do prefeito" (0,25 segundos Resultados 1 - 10 de aproximadamente 82.400 para "descaso do governo" (0,27 segundos) Resultados 1 - 10 de aproximadamente 1.880 para "descaso dos órgãos" (0,25 segundos

Todos esses resultados vieram do Google, nessa Sexta Feira, dia 24 de Abril de 2009, as 18:10.


De um lado, a modernidade. Do outro, o atraso.

Em cerca de um quarto de segundo você se dá conta de 82.400 citações para "descaso do governo".

A discussão que inicio é a cerca dessa caracterização que se faz do Estado e dos governos de modo geral. Tratam-os como "sensíveis" e "insensíveis". Governos, políticos e autoridades que "desdenham" ou "atendem" aos apelos da população.

Isso nunca vai mudar. Enquanto as estruturas estiverem pautadas pelo personalismo dos entes políticos, sempre teremos situações como essa, aonde o Estado cria sentimento e passa a julgar emotivamente as situações objetivas que lhe são pautadas.

Existem diversas ferramentas Brasil e mundo a fora que buscam trazer a discussão sobre um Estado burocrático do Bem, que tem mecanismos de controle social democráticos e capacidade de atender as demandas da população.

Outro termo que me causa repulsa é o "vontade política".

Resultados 1 - 10 de aproximadamente 1.020.000 para "vontade política" (0,47 segundos)

Causa repulsa porque esse termo está sempre associado a inação do Estado frente a temas objetivos. Até quando o debate político vai se pautar por essas situações? Aonde dependemos de fatores subjetivos para resolução de nossos problemas?

Coletivizar as responsabilidades é essencial para superação desse jargão arcaico no meio político. Quando uma pauta é decidida coletivamente, não existe possibilidade de desdem de governo ou político algum. O que está acordado está acordado.

Quando as decisões políticas são coletivizadas, não existe "vontade política" subjetiva. Existe a noção das prioridades construídas objetivamente por meios democráticos e que são a pedra basilar da nossa sociedade.


Do que eu estou falando?
Obviamente da força que tem mecanismos como o Orçamento Participativo e o Parlamento Digital. Um uma ferramenta de comprovado sucesso que torna participativo o processo decisório anteriormente monopolizado pelos entes políticos transitórios que governam cidades, Estados e Nações.

O outro, uma urgência do nosso tempo, o próximo passo para o enriquecimento da Democracia e a repatriação da soberania individual frente às aberrações da representação. O Advento da Internet traz a possibilidade de um total controle social sobre o parlamento. Idéia essa que vou perseguir sempre.

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