9.11.06

Uma Sociedade de Madeira...


Uma Sociedade De Madeira


Eu te recebo em uma tumba fraternal
Eu te concebo um manequim titereado
E ofereço-te um ostracismo pessoal
E eu agradeço por não seres nem notado

Vejo você como uma colcha de retalhos
Eu te auxilio sou pra ti o teu Gepeto
Sua napa encurta enquanto crescem suas mentiras
Brindo o sucesso do meu boneco perfeito

Eu me abasteço de seus choros inventados
Eu lhe ofereço soluções tão coloridas
Levo você para beber até cair
Junto às migalhas que você chama de vida

Pois não que cresço só por manter-te assim
Me comprometo a não deixar que te levantes
Prendo-te à valas comuns da amnésia
extirpo a praga caçando grilos falantes

Felipe Belotto Santos

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