3.2.11

O PSDB não aprende



Comédia!

Acabo de assistir o programa partidário do PSDB, exibido em rede nacional nesse dia 03/02/2011.







Os Tucanos não aprenderam muito com as 3 derrotas nas eleições nacionais. Usar o FHC de apresentador e estrela do programa partidário só pode ser uma tentativa de criar um filme de terror em cadeia nacional.

E o programa começa com força nessa direção. A cena dos cidadãos revoltados caminhando, sem cantar e sem se dar as mãos, cada um preocupado com seu problema é simbólica do tipo de Brasileiro que o PSDB gostaria que fosse a maioria. 
Você pode concordar momentaneamente com o que dizem os senhores indignados. Mas aquilo não parece o Brasil, não mesmo.

Na última campanha foi sempre assim. Os programas eleitorais do PSDB recheados de pessoas ranzinzas preocupadas com os mutirões das varizes e favelas cenográficas. O distanciamento de um partido elitista que não consegue esconder o horror que tem da alegria e da esperança tão comuns ao povo brasileiro.

Inicia-se a tediosa palestra do anacrônico FHC. Conclamando as mulheres e a juventude a fazer do PSDB um partido de mulheres e jovens. Porque realmente não possuem nem lideranças femininas nem lideranças jovens. Em alguns momentos é possível ver as "pescadas" da plateia.

As teses que sustenta o PSDB são inócuas e mostram a profunda falta de projeto político e de país que tem o partido. Para dar pinta de modernidade, cria-se um mapa virtual que demonstra ainda mais a divisão eterna dos diversos líderes tucanos. A modernidade acaba por ali mesmo quando demonstra-se que por mais que governe São Paulo a 16 anos, o PSDB não conseguiu criar nenhuma política de segurança pública ou de saúde que fizesse conssonância com a esperança dos 5 cidadãos que apresentaram no início do programa. O mapa do atraso continua passando por políticos com slogans ultrapassados, grandes proprietários de terra e inimigos dos povos indígenas.

É possível reinventar um partido, é possível renovar as lideranças e é possível repaginar o ideário de velhos políticos. O que o PSDB dividido e sem perspectiva de caminho faz é pedir por mudanças enquanto reelege sua direção partidária e reconduz os mesmos líderes no congresso. Timidamente, a palavra "mudança" aparece no programa como uma lembrança de que o PSDB é contrário ao rumo de desenvolvimento com distribuição de renda protagonizado pelo Estado que é fruto dos governos Lula-Dilma. 

Tímidamente pois ainda vive o PSDB no dilema de se posicionar na sociedade. Repetindo os erros do candidato José Serra que não soube do início ao fim da sua campanha se batia ou elogiava o governo que queria desconstruir.

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