23.12.08

Pitacos Presidenciais

Feliz natal e um próspero ano novo. Que 2009 seja um ano de mudanças positivas e que a paz reine em nossos lares.

Ok. Chega de 2009, quero falar sobre 2010 mesmo.

Aos pouco começa a tomar corpo o grande embate que envolverá o país em 2010. Faltam 2 anos, mas a coisa começa a ferver desde já.

Na primeira eleição pós redemocratização sem a figura que representou a esquerda com maior visibilidade nesse período é ainda uma incognita.

Do lado governista, desenha-se no quadro atual , na minha singela opinião, o seguinte desafio:

1) Mostrar a militãncia Petista que a opção de Lula é a melhor opção para o PT. tarefa alcançada plenamente pela sinalização da ministra Dilma e o índice descomunal de aprovação do governo. De pronto, para existir a sequência de um governo petista, é extremamente necessário que se surfe na avaliação positiva do governo.
2) manter a lua de mel com a população e os índices de aprovação do governo beirando pelo menos 60%. Isso se chama responsabilidade. Um governo é bom qdo bem avaliado (outro padrão de qualidade não vale e não é relevante qdo falamos em eleição, por mais que existam e são extremamente relevantes qdo levados em conta para uma análise)e existe uma vasta gama de experiências que mostram que governo bem avaliados conseguem sim eleger seus sucessores.
3) Criar um rol de alianças que fortaleça a esquerda nacional e regionalmente.
4) Assegurar que o PMDB não tenha opção que não apoiar o candidato do governo ou que fique neutro. Um apoio iria acarretar na certa divisão dos cargos e fortalescimento do domínio no congresso do PMDB. Deixar o PMDB em cima do muro serviria para segurar um pouco a voracidade dos pmdbistas em cima dos cargos, como já é naturalmente conhecido.
5) Seria bom começar com um candidato conhecido amplamente e na dianteira das pesquisas. Mas lutar para chegar ao segundo turno é de grande interesse para Ministra Dilma. Devido ao sua baixa inserção. Num segundo turno (que com certeza viria contra os Tucanos), Dilma teria tudo para tornar ainda maior a vinculação com a avaliação positiva do Presidente Lula.

quanto à tarefa da oposição
1) Resisitir aos atropelos das costuras políticas de josé Serra. Amargamente conhecido por destruir os adversários no campo aliado com "requintes de crueldade". Serra é sem dúvida o candidato, devido a todo "recall" que lhe envolve, mas espera-se que não seja seu conhecido estilo uma barreira aos apoios dos que irá com certeza derrubar no processo. Como o Governador Aécio Neves e o deputado Ciro Gomes.
2) Frear a avaliação positiva do governo lula. tarefa que já foi tentada e continua sendo sem sucesso.
3) Isolar o PFL como opositor ferrenho. Ao mesmo tempo que o DEM(PFL) deve monopolizar a crítica mais ferrenha ao governo lula, o PSDB deve afastar-se da imagem de anti lula para não jogar o jogo do governo. Se é necessário bater. que se chame o PFL para fazer isso. Serra não deve adotar essa postura. Deve permanecer na figura de um elegante adversário. A função de jogar carne aos tigres deve vir de pessoas q estejam fora completamente dos abraços e apertos de mão do candidato.
4) Dividir o governo e unificar a oposição. Deve o PSDB torcer para que os governistas se dividam. Fomentar uma candidatura Ciro GOmes é algo positivo, pois é uma figura forte do nordeste e de certo campo da esquerda. A candidatura de heloisa helena então é essêncial para suas pretensões. Sonhar com uma possibilidade PMDBista tbm ajudaria. Nenhum desses teriam possibilidades de melar a ida de serra ao segundo turno. Mas poderiam com certeza surpreender a ministra dilma e deixá-la de fora do processo. O que significaria uma maior dificuldade na vinculação com a avaliação positiva do governo lula. Dividir para conquistar.

Muita água ainda vai correr. Mas a despeito da torcida por uma crise econômica "daquela das brabas" por aqui, que alguns setores mais radicais da direita sonham, há uma possibilidade muito grande de que Lula caminhe tranquilo seus próximos 2 anos de mandato. Sendo assim, o governo só depende de si mesmo, não precisa nem combinar com o adversário, como se diz por ai. a tarefa da oposição é se unir e no segundo turno, aonde, caso fosse hj, sairiam com alguma vantagem, tentar frear a ligação do governo com seu candidato.

Tarefa nada das fáceis

abraços

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